A
semana de Proteção aos animais começa neste dia 01 e vai até o dia 05 de
outubro. O Ação Ambiental 1, também se preocupa com os animais, e por isso irá
trazer matérias especiais sobre os maus tratos com animais.
A crueldade
para com os animais é o tratamento
que causa sofrimento ou dano a
animais. A definição de ”sofrimento
inaceitável” varia. Alguns
consideram só o sofrimento por simples crueldade aos animais, enquanto que
outros incluem o sofrimento infligido por outras razões, como a produção de carne,
a obtenção de pele, os experimentos científicos com animais e as indústrias de
ovos. Muitas pessoas consideram a crueldade para com os animais como um assunto
de grande importância moral.
Pensadores
de várias épocas vêm afirmando que a crueldade para com animais e a crueldade
contra humanos estão inter-relacionadas.
“Nossas obrigações com os animais são apenas obrigações indiretas
com a humanidade. A natureza animal possui analogias com a natureza humana, e
ao cumprir com nossas obrigações para com os animais em relação às
manifestações da natureza humana, nós indiretamente estamos cumprindo nossas
obrigações com a humanidade... Podemos julgar o coração de um homem pelo seu
tratamento com os animais.”
(Immanuel Kant).
"A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade
de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não
pode ser um bom homem."
(Arthur Schopenhauer)
"Matar animais gradualmente destrói nosso senso de compaixão,
que é o sentimento mais nobre do qual nossa natureza humana é capaz." (Thomas More)
Atualmente,
estudos científicos têm corroborado com essas constatações. Observa-se, por
exemplo, que no processo de abate massivo de animais, trabalhadores de
abatedouros passam por transformações psicológicas semelhantes àquelas sofridas
por combatentes de guerra, executores e nazistas.
Um
trabalhador de abatedouro de Sioux (Iowa-EUA) relata: “A pior coisa, pior do que o perigo físico, é o impacto emocional. Se
você trabalha, por qualquer período de tempo, onde os porcos são mortos, você
desenvolve uma atitude que deixa você matar coisas mas que não deixa você ter
piedade. Você pode olhar nos olhos de um porco que está perambulando pelo chão
ensanguentado e você pensa: Deus, esse é um belo animal. Você quer acariciá-lo.
Porcos no chão da morte vieram em minha direção e se abrigaram debaixo das
minhas pernas como cachorrinhos. Dois minutos depois eu os tinha matado - bati
com uma barra até que morressem. Eu não posso ter piedade."
Esse
mesmo mecanismo psicológico, conhecido como “duplicação” (inglês “doubling”) está presente em nazistas. A
personalidade natural do trabalhador se identifica com o porco e reconhece nele
um animal digno de afeição e cuidado, mas sua outra personalidade – aquela
transformada pelo trabalho no abatedouro – mata os porcos, literalmente incapaz
de sentir piedade para com os animais.
Analisando
as consequências dessas transformações psicológicas, constata-se que indivíduos
que cometem crueldade contra animais estão mais propensos ao uso de drogas,
roubos, estupros e assassinatos, principalmente contra mulheres e crianças.