Mata Atlântica - Uma história ameaçada...

segunda-feira, 21 de março de 2011

22 de Março: Dia Mundial da Água

No dia 22 de março de 1992, a ONU divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água”. Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

O Dia Mundial da Água foi criado pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 22 de Fevereiro de 1993, declarando todo o dia 22 de Março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas. Um dia destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural. Cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo).

E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. O Dia Mundial da Água tem como objetivo principal criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

Esta é a primeira vez na história da humanidade que a maioria da população mundial vive em cidades: 3,3 bilhões de pessoas. E a paisagem urbana continua a crescer. 38% do crescimento é representado pela expansão das favelas, enquanto que a população das cidades estão aumentando mais rápido do que infra-estrutura da cidade pode se adaptar.

O objetivo do Dia Mundial da Água 2011 é chamar a atenção do mundo para o impacto do rápido crescimento urbano, industrialização e as incertezas provocadas pelas mudanças climáticas, os conflitos e as catástrofes naturais em sistemas urbanos de água.

O tema deste ano é água para as cidades: responder ao desafio urbano, incentivar os governos, organizações, comunidades e indivíduos a participarem ativamente na resolução do desafio da gestão das águas urbanas.

O Brasil tem recursos naturais que, se bem utilizados, promoverão desenvolvimento econômico e social com baixa emissão de gases de efeito estufa. O principal deles é a água, abundante no país.

Esse parece ser um cenário otimista para as próximas gerações. Todavia, a gestão da água no Brasil ainda precisa melhorar, e muito – e isso depende não apenas do governo mas também da sociedade.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011 - Fraternidade e a vida no Planeta

     Este ano, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) propõe que durante a quaresma, possamos refletir sobre os problemas que agravam o meio ambiente, "Que as pessoas de boa vontade olhem para a natureza e percebam como as mãos humanas estão contribuindo para o fenômeno do aquecimento global e as mudanças climáticas, com sérias ameaças para a vida em geral, e a vida humana em especial, sobretudo a dos mais pobres e vulneráveis" (Dom Dimas Lara Barbosa, 2010). 
     Através da metodologia do ver-julgar-agir, a CNBB, expõe um complexo arsenal de informações, apresentado em um texto base, e que deve ser discutido neste período. Segundo ainda a CNBB, o aquecimento global e as mudanças climáticas exigirão mais sacrifícios dos mais pobres e menos protegidos.
     Com o lema A criação geme em dores de parto (RM 8:28), a Campanha da Fraternidade tenta lembrar ao homem, que a natureza chora e clama por dias melhores. De algum modo eu e você contribuímos para as alterações no ambiente. "O clima do Planeta é resultado da interação de muitos fatores, inclusive dos seres que integram a biodiversidade que ele hospeda" (CNBB, 2010). Uma das principais consequências dessas ações no ambiente é a perda da biodiversidade, estima-se que mais da metade das espécies atuais podem se extinguir. Isso acarretará um desequilíbrio no clima, na qualidade e quantidade de água e na produção de alimentos.
     Atualmente a população mundial ultrapassa os 6,5 bilhões de pessoas, cerca de 1 bilhão de pessoas sofrem com a fome, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). O aumento da população mundial tem como consequência a demanda por alimentos e consequentemente por território, o que impõe a fauna e a flora uma condição indesejável. "A situação de miséria extrema tem grande impacto na biodiversidade, pois a grande massa de pobres e as maiores riquezas em biodiversidade se encontram em países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos. Em geral, o único recurso com o qual podem contar na dramática luta pela sobrevivência advém da natureza que têm à disposição" (CNBB, 2010). 

     Outros dados vem a somar e assolar cada vez mais essas ações degradantes do meio ambiente. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), 13 % da população mundial, vivem sem acesso à água potável. Essa situação é apontada como responsável pela morte de 1,5 milhão de crianças por diarréia.
     Diante desses argumento talvez o homem tenha interpretado errado a Bíblia, "Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que se movem pelo chão" (Gn 1:28). A proposta dominar, foi longe demais e o homem tornou-se senhor, o dominador, conquistador da natureza.
     É preciso que abordemos a temática e desmistificamos ilusões, o homem necessita muito do meio ambiente e despreza-lo não é uma atitude adequada, é preciso conservar e a preservação é a melhor proposta.