Mata Atlântica - Uma história ameaçada...

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terça-feira, 17 de julho de 2012

Dia de Proteção as Florestas


     Hoje, dia 17 de julho, é realizado o dia de Proteção às Florestas. O Brasil é um país florestal com aproximadamente 516 milhões de hectares (60,7% do seu território) de florestas naturais e plantadas - o que representa a segunda maior área de florestas do mundo, atrás apenas da Rússia. Segundo dados do Fundo Amazônia, 93¢ do total das florestas plantas é comoposta principalmente com espécies dos gêneros Eucalyptus e  Pinus. (leia o post http://aambiental1.blogspot.com.br/2010/12/reflorestamento-com-eucalipto-sera-que.html, que expõe a realidade dos plantios de Eucaliptos).



     Para nós brasileiros essa data é extremamente importante, uma vez que, somos conhecidos mundialmente como o país das florestas. A floresta Amazônica é a maior reserva genética e a maior floresta tropical do mundo bem como abriga um quinto da água potável disponível na terra.



     Infelzmente esses dados vêm diminuindo anualmente, devido a crescente exploração agropecuária. Conter a destruição das florestas se tornou uma prioridade mundial. Segundo o relatório "Global forest Resources Assessmentes  2010" divulgado pela "FAO", restam pouco mais de 4 bilhões de florestas no mundo em 2010, o que compreende a 31% da área de terra total.



     A obrigação de preservação das florestas do Brasil e do mundo inteiro é um dever de cada um. Acontece que o Brasil é alvo de mais atenção, devido a Amazônia é a maior floresta do mundo, e vem sofrendo perdas consideráveis, além de contar que já destruímos, boa parte da Mata Atlântica. É necessário que façamos uma reflexão e que tenhamos atitudes verdes, plante uma árvore, proteja uma floresta, o futuro delas depende de todos nós.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Brasil tem o equivalente a duas Franças em áreas degradadas, diz Ministério do Meio Ambiente

Se o Brasil recuperasse suas áreas degradadas – terras abandonadas, em processo de erosão ou mal utilizadas – não seria preciso derrubar mais nenhum hectare de floresta para a agropecuária. A avaliação é de técnicos e pesquisadores reunidos ontem (11), durante o 9º Simpósio Nacional de Recuperação de Áreas Degradadas (9º Sinrad), que ocorre no Rio até dia 13.

O diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fernando Tatagiba, estimou em até 140 milhões de hectares o total de terras nessa situação no país, área superior a duas vezes o tamanho da França. O ministério está finalizando seu novo plano plurianual, que dará grande importância à recuperação da terra como forma de evitar o empobrecimento das populações e prevenir a derrubada de mais áreas de florestas.
“Neste plano está estabelecida uma meta de elaborar, até 2015, um plano nacional de recuperação de áreas degradadas, que necessariamente deve ser feito com políticas integradas com outros setores da sociedade. Não existe um número preciso [de terras degradadas], mas gira em torno de 140 milhões de hectares. É um grande desafio que temos pela frente, de superar esse passivo, pois essas áreas geram prejuízos enormes para o país e trazem pobreza para o produtor rural”, disse Tatagiba.
Segundo o diretor, existem áreas degradadas em todos os biomas e regiões do país. “Obviamente, onde a ocupação humana é mais antiga, existem áreas mais extensas, como é o caso da Mata Atlântica. Mais recentemente, temos o Cerrado. Na Amazônia, as áreas degradadas estão localizadas em locais de mineração e no chamado Arco do Desmatamento [faixa de terra de pressão agrícola marcada por queimadas e derrubadas, ao sul da Amazônia, do Maranhão ao Acre]”, explicou.
Tatagiba considerou que se as áreas degradadas forem recuperadas, não seria preciso derrubar mais nenhum hectare de floresta para agricultura e pecuária, ainda que na prática nem toda área possa ser totalmente recuperada.
“Para reduzir a pressão sobre florestas, há necessidade de se recuperar pastagens degradadas, que são em torno de 15 milhões de hectares. Se você recupera a capacidade produtiva dessa pastagem, elimina a necessidade de suprimir uma área equivalente em florestas. Além disso, é preciso aumentar a produtividade da pecuária, pois não tem cabimento um boi por Maracanã [equivalente a um hectare]”, comparou Tatagiba.
Para o chefe do Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Agrobiologia), Eduardo Campello, o Brasil já detém tecnologia própria para reverter a degradação das terras, por meio de processos de seleção e manejo e trocando produtos químicos por insumos biológicos. Com isso, ele considera ser possível reduzir ou até reverter a derrubada de florestas para a agropecuária.
“Várias dessas áreas podem se tornar mais rentáveis, tirando a pressão sobre as florestas e os remanescentes nativos. Já tivemos avanços incontestáveis com o plantio direto [técnica em que se roça a terra e se semeia em seguida, evitando a erosão]. É preciso integrar lavoura, pecuária e floresta, usando mecanismos naturais, como fixação biológica de nitrogênio, evitando o uso de adubo químico. Já temos áreas abertas suficientes, o que precisamos é recuperar o solo.”
Por: Vladimir Platonow 
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Fábio Massalli