Mata Atlântica - Uma história ameaçada...

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domingo, 19 de agosto de 2012

A Involução do Homem

      Para Darwin, o homem é um ser bem adaptado, pois se adequa a vários ambiente, o que Darwin já mais explicou, é o porque desse ser tão bem adaptavel, ser capaz de modificar o seu próprio ambiente.


      Já se passaram 150 anos, da publicação de A origem das Espécies, onde o naturalista Inglês afirma, que o meio ambiente atua selecionando as espécies que melhores adaptaram-se as condições climáticas, não importando se seja o mais forte ou mais fraca.
      Infelizmente o papal está invertido, o homem é capaz de modificar o meio ambiente, dificultando assim a sobrevivência dos seres vivos, e consequentemente contribuindo para a seleção artificial.
      Como todos já sabemos, o homem vem contribuindo para o desaparecimento de diversas espécies de árvores e animais, a derrubada de floresta, para a construção urbana, dizima dezenas de espécies, muitas vezes ainda não conhecidas.
      Devemos repensar o conceito que muitos atribuem, de que o homem é um ser superior, o mais adaptado entre os seres vivos, as mudanças ambientais, mais cedo ou mais tarde irão nos afetar também, é preciso pensar ecologicamente, termos responsabilidade ambiental, isso tudo já.


     Escolha você o lado que deseja estar...




sexta-feira, 13 de julho de 2012

Brasil tem o equivalente a duas Franças em áreas degradadas, diz Ministério do Meio Ambiente

Se o Brasil recuperasse suas áreas degradadas – terras abandonadas, em processo de erosão ou mal utilizadas – não seria preciso derrubar mais nenhum hectare de floresta para a agropecuária. A avaliação é de técnicos e pesquisadores reunidos ontem (11), durante o 9º Simpósio Nacional de Recuperação de Áreas Degradadas (9º Sinrad), que ocorre no Rio até dia 13.

O diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fernando Tatagiba, estimou em até 140 milhões de hectares o total de terras nessa situação no país, área superior a duas vezes o tamanho da França. O ministério está finalizando seu novo plano plurianual, que dará grande importância à recuperação da terra como forma de evitar o empobrecimento das populações e prevenir a derrubada de mais áreas de florestas.
“Neste plano está estabelecida uma meta de elaborar, até 2015, um plano nacional de recuperação de áreas degradadas, que necessariamente deve ser feito com políticas integradas com outros setores da sociedade. Não existe um número preciso [de terras degradadas], mas gira em torno de 140 milhões de hectares. É um grande desafio que temos pela frente, de superar esse passivo, pois essas áreas geram prejuízos enormes para o país e trazem pobreza para o produtor rural”, disse Tatagiba.
Segundo o diretor, existem áreas degradadas em todos os biomas e regiões do país. “Obviamente, onde a ocupação humana é mais antiga, existem áreas mais extensas, como é o caso da Mata Atlântica. Mais recentemente, temos o Cerrado. Na Amazônia, as áreas degradadas estão localizadas em locais de mineração e no chamado Arco do Desmatamento [faixa de terra de pressão agrícola marcada por queimadas e derrubadas, ao sul da Amazônia, do Maranhão ao Acre]”, explicou.
Tatagiba considerou que se as áreas degradadas forem recuperadas, não seria preciso derrubar mais nenhum hectare de floresta para agricultura e pecuária, ainda que na prática nem toda área possa ser totalmente recuperada.
“Para reduzir a pressão sobre florestas, há necessidade de se recuperar pastagens degradadas, que são em torno de 15 milhões de hectares. Se você recupera a capacidade produtiva dessa pastagem, elimina a necessidade de suprimir uma área equivalente em florestas. Além disso, é preciso aumentar a produtividade da pecuária, pois não tem cabimento um boi por Maracanã [equivalente a um hectare]”, comparou Tatagiba.
Para o chefe do Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Agrobiologia), Eduardo Campello, o Brasil já detém tecnologia própria para reverter a degradação das terras, por meio de processos de seleção e manejo e trocando produtos químicos por insumos biológicos. Com isso, ele considera ser possível reduzir ou até reverter a derrubada de florestas para a agropecuária.
“Várias dessas áreas podem se tornar mais rentáveis, tirando a pressão sobre as florestas e os remanescentes nativos. Já tivemos avanços incontestáveis com o plantio direto [técnica em que se roça a terra e se semeia em seguida, evitando a erosão]. É preciso integrar lavoura, pecuária e floresta, usando mecanismos naturais, como fixação biológica de nitrogênio, evitando o uso de adubo químico. Já temos áreas abertas suficientes, o que precisamos é recuperar o solo.”
Por: Vladimir Platonow 
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Fábio Massalli

quinta-feira, 21 de junho de 2012

São João também polui.

     As fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Durante a idade média, ela foi introduzida nas festividades em homenagem a São João Batista, reza a lenda, católica, cristianizando a fogueira pagã, que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar a Maria sobre o nascimento de João Batista e assim ter o auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.

     Hoje essa tradição milenar está com os dias contados. Atualmente os debates sobre preservação e conservação das florestas e diminuição dos gases de efeito estufa, as fogueiras juninas vêm sendo reduzidas drasticamente, uma vez que, são apontadas como elementos causadores de um enorme impacto ambiental.

     Além do eventual desmatamento anual provocado pelas festividades juninas, também existe a poluição gerada. A queima da lenha gera muita fumaça e emissão de CO2 que, além de ameaçar a saúde pública, contribui para o aquecimento global.

     Ou seja, são irritantes e também são responsáveis pelo desmatamento de nossas florestas e poluição atmosférica. Quando você estiver lendo este post, estara pensando: "Sim! Mas só uma fogueira, não tem problema." Beleza, e milhares de fogueiras? Acredito que em um futuro breve não exista mas essa tradição e que possamos brincar as festividades juninas sem causar impactos no meio ambiente.


terça-feira, 19 de junho de 2012

Desmatamento Zero até 2020

Suzana Camargo

      “Alguém pode imaginar um mundo sem uma árvore?” A pergunta foi feita por Julia Marton-Lefevre, diretora-geral do International Union for Conservation of Nature. A ambientalista juntou-se a outros especialistas para debater o tema “Florestas” nos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável da Rio+20.


     Entre as dez recomendações pré-selecionadas pelos organizadores, reduzir o desmatamento mundial a zero até 2020 foi a mais votada pelos internautas que participaram da votação online e também um consenso entre os debatedores. “Todo ano perdemos uma área de floresta do tamanho da Nicarágua”, alertou André de Freitas, diretor executivo do Conselho de Manejo Florestal. “Nossa sociedade ainda não valoriza a floresta. Há países, como o Brasil, onde ainda hoje o desmatamento é legal”.
     A presidente mundial do World Wide Fund for Nature (WWF), Yolanda Kakabadse lembrou que 50% da flora e fauna que conhecemos residem nas florestas tropicais. As florestas absorvem 1/5 das emissões de poluentes do planeta. “As florestas guardam a nossa segurança hídrica e energética”, afirmou. “A floresta é um bem público”. Yolanda falou ainda que essas áreas verdes contribuem para a economia das comunidades locais, já que são fonte de serviços e trabalho. Bertha Becker,  professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em florestas, disse que é preciso agregar valor aos produtos produzidos nessas regiões para incluir socialmente essas populações marginalizadas.
     Justamente por trabalhar com a mão de obra de seringueiros e ribeirinhos e utilizar matéria prima originária da floresta, a empresa brasileira de cosméticos Natura é uma grande interessada na preservação das matas. “Há uma interdependência entre tudo e todos. A floresta está na base da sustentabilidade”, afirmou Guilherme Leal, fundador e CEO da empresa. “Precisamos de objetivos grandiosos. Não podemos sair do Rio sem isso”.  Leal também concorda que não há como falar em preservação ou restauração se o desmatamento não acabar.
      Assim como a Natura, outras companhias já assumiram compromissos ambientais no processo de produção. Unilever e Walmart não aceitam desmatamento como parte da cadeia produtiva. Representante da marca sueca Ikea, uma gigante mundial no setor de bens de consumo, Anders Hildeman revelou que apesar de 60% dos produtos vendidos pela loja usarem madeira, a empresa faz questão de influenciar e trabalhar as questões sustentáveis junto a cadeia de fornecedores. Mas esclarece que isso não basta. “O consumidor precisa entender também o conceito da sustentabilidade”. A mesma opinião tem a chinesa Lu Zhi, diretora do Center for Nature and Society da Universidade de Beijing, que prega uma relação mais estreita entre consumo e preservação.
     A importância das florestas não é mais tópico de discussão. São componentes mais emblemáticos dos recursos naturais, vitais para o ecossistema. “A floresta é o tema que está mais ligado com a agenda do clima, da biodiversidade”, disse Guilherme Leal, da Natura. E o problema não parece ser o estabelecimento de metas, mas como e quando colocá-las em prática. Recomendou-se a criação de uma agenda em que sejam priorizados a captação de recursos, investimento em pesquisa e tecnologia e governança, através de políticas integradas.
     A presidente da WWF elogiou o que foi feito no Brasil, onde o desmatamento no estado do Acre foi reduzido em 70% e deu-se maior valor aos produtos florestais. Durante o debate foi anunciado que o estado do Pará irá assinar um compromisso na Rio+20 para acabar totalmente com os desmatamentos até 2020.
Foto: WWF-Canon / Frank Petri