Mata Atlântica - Uma história ameaçada...

domingo, 14 de novembro de 2010

Nossa água de todo dia... Parte I

       Caro leitor antes de iniciar a leitura saiba, que esta é a primeira parte de dois tópicos que irei postar sobre este assunto, em breve estarei postando o próximo, muito obrigado pela atenção.

       A água é um bem comum a todos, e qualquer pessoa tem o direito de usufruir deste bem. Nos dias contemporâneos, para termos água em nossas residências devemos arcar com a manutenção do sistema e com o processo de purificação da água, isso, devido a não encontrarmos mananciais próprios ao consumo humano.

      Hoje no Brasil boa parte da água encanada é resultado de lençóis freáticos ou de grandes reservatórios construidos. No nordeste devido a ação da seca, muitas represas foram construídas a fim de servirem de abastecimento humano, na Paraíba podemos exemplificar: Acauã e Mãe d'água. A problemática está na qualidade desta água. Devido a isso foram criadas as ETAs (Estações de Tratamento de Água).

      Cabe ao governo do Estado tratar a água antes de envia-la a nossas residências, no caso a responsável na Paraíba é a CAGEPA - Companhia de Abastecimento de Água e Esgoto da Paraíba, e isso, é caro, o que torna a nossa conte de água exorbitante. Mas, e quando a CAGEPA polui! Na cidade de Sapé existem atualmente, 2.358 domicílios, integrado ao sistema de esgoto, cujo destino é a lagoa de estabilização localizada na saída da cidade via Mari. A lagoa foi construída na década de 80, e atualmente não suporta o fluxo de esgoto.

Lagoa de estabilização de Sapé.
      Como não existe um cuidado adequado dos resíduos e, ausência de lagoas anaeróbias e de maturação, os patógenos (seres microbiológicos causadores de doenças, a exemplo, bactérias e fungos), não são destruídos. A vazante da lagoa de estabilização, forma um córrego de fio fino que desagua no rio São Salvador, o principal afluente da barragem São Salvador.

      Devido a isso a CAGEPA utiliza um grande número de compostos químicos em sua ETA para o tratamento da água proveniente da barragem. Quem prova da água, perceber o gosto adstringente que a mesma possui. Isso é o resultado de ingestão de diversos compostos, inclusive cloro (Observação, os níveis de cloro lançados na água pela Eta de Sapé, está dentro dos níveis permitidos por lei, 0,2 mg/L, o problema é que, justamnete é colocado o máximo). O cloro tem ação antibiótica e, é adicionado a água para o extermínio de germes.

      Outro problema, ocasionado pela lagoa de estabilização, podemos identificar na própria barragem, o depósito de matéria orgânica causa um fenômeno na água conhecido como eutrofização. Fenômeno causado pelo excesso de nutrientes (compostos químicos ricos em fósforo ou nitrogênio) numa massa de água, provocando um aumento excessivo de algas. Estas, por sua vez, fomentam o desenvolvimento dos consumidores primários e eventualmente de outros elementos da teia alimentar nesse ecossistema. Este aumento da biomassa pode levar a uma diminuição do oxigênio dissolvido, provocando a morte e consequente decomposição de muitos organismos, diminuindo a qualidade da água e eventualmente a alteração profunda do ecossistema.


Um comentário:

  1. Tu q escreveu isso? (Eu gostei mt rs)
    Caramba, é imoral, eles mesmos sujam e nós pagamos por isso, pagamos em todos os sentidos. Já tem pouca água e ainda fazem essas coisas ¬¬.

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